terça-feira, 15 de setembro de 2009

Crossover

Enganei vocês. Primeiro, dizendo que ia atualizar logo. Segundo, que ia ser algo ligado a nomes.

Nada disso.

Tava vendo uma entrevista com o Mozart Mello, o cara que revolucionou o ensino de guitarra no Brasil, e a abordagem do cara me agradou muito. Basicamente um papo de “para com essa punheta de tocar trocentas notas que vão passar batido e faz UMA que vai grudar no ouvido”. No resto da conversa, ele ainda fala sobre as vantagens de ser professor, que dá pra mudar bastante de estilo e tal.

Isso é uma coisa que sempre me chamou atenção, porque nos últimos 5 anos eu sempre mantive duas bandas, mesmo que uma delas tenha ficado só tentando encaixar um batera, sem produzir muito. Simplesmente não dava pra colocar tudo o que eu gostava em uma só, mas, mesmo assim, a de metal sempre tinha uns toques de música alternativa, e a de alternativices ganhava, por vezes, uns solinhos meio paradise lost. Pelo menos até o pessoal da banda decidir que isso não era mais aceito.

Mas o ponto é: como é chato banda (músico, escritor, pintor, professor, flanelinha) que faz tudo do mesmo jeito, ou difícil pra mostrar que sabe ou simplificando porque se sente confortável assim. Uma coisa que eu e o Rodrigo, que tocou comigo na Red Pill e na A Red So Deep, sempre concordamos, pelo menos em teoria, era que ficar parado não dava, se tu quer fazer alguma coisa direito, acha uma forma nova, uma solução menos óbvia, uma estrutura que não tenha sido tão usada. Ele resumiu isso em uma frase, voltada para um baterista certa vez: “pra que refrão? não precisa disso.”

O filme O Segredo de Beethoven é meio bomba, mas, além de mostrar uns bons pedaços da 9ª, tem essa cena aqui no fim. No começo eu achava que era só uma metáfora pro jeito do gênio compor.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nomes (ou cortando a fita vermelha)

Uma parte substancial do meu trabalho, mais em dedicação do que em quantidade real, é a criação de nomes pra empresas, produtos ou serviços, por isso o post aí embaixo, explicando o nome do blog.
Queria "Words of Light", parte do nome do disco do My Dying Bride, Songs of Darkness, Words of Light. De acordo com o Aaron "Aragorn" Stainthorp, nessa entrevista pro Metal Storm:
The title of the album, Songs Of Darkness, Words Of Light is quite unusual… Would you say it is a good representation of what My Dying Bride is, a hopeless entity in search for the light by the means of music?

Aaron: The title is misleading because there are no words of light on this record. It's just to tempt people in with the promise of a light amongst the darkness but in reality there is no light in this LP.
Infelizmente, aconteceu o que mais fode a vida de alguém que trabalha com naming: algum bastardo com traseiro gordo já tinha registrado o nome. O jeito foi chamar na descrição do orfuck e apelar pra sempre boa companheira Ana Arroz, outra das minhas pseudo-obsessões.
Parágrafo: quem se dispuser a acompanhar aqui vai se acostumar logo logo com My Dying Bride, punk rock, metal estranho, literatura escolhida aleatoriamente, alguma coisa de publicidade, branding, naming e design, piadas internas e referências diversas mais ou menos obscuras. /Parágrafo

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Como eu gosto muito dessa brincadeira, o post fechador da trilogia inaugurativa vai ser todo sobre naming, com algumas coisas que eu aprendi ou inventei sobre o assunto e as empresas que eu mais gosto na área.

Names

In the flesh all wisdom begins. Beware the thing that has no flesh. Beware the gods, bewared the idea, beware the devil.